Médico que aprovou Pato no Corinthians: 'Não teria liberado para o Santos'

O Corinthians pagou R$ 40 milhões pela contratação de Alexandre Pato


O médico Beny Schmidt, chefe do laboratório de patologia muscular da Universidade do Estado de São Paulo (USP), recebeu no início do ano um pedido especial de um ex-aluno.

“O Joaquim Grava entrou em contato comigo falando que o Pato precisava ser liberado. Mas ele estava com muito medo porque o Pato não jogava. Então, ele queria saber se o Pato poderia jogar ou não e perguntou: ‘você faz uma biópsia?’. Na biópsia, então, foi vista uma fibrose”, relembra, em entrevista ao ESPN.com.br.

O exame durou menos de cinco minutos. Estava previsto para mais cedo, mas acabou sendo feito apenas às 11h da manhã porque o então atacante do Milan chegou atrasado. Cinco horas depois, ele tinha em mãos o resultado dos testes e anunciaria ao vivo em entrevista a liberação de Alexandre Pato para o Corinthians. Poderia não ter feito, segundo ele. O Santos, que enfrenta os alvinegros neste domingo, às 16h (de Brasília), no Morumbi, pelo Campeonato Paulista, não teria recebido o mesmo aval.

“Eu liberei o jogador por causa da confiança que tenho no departamento médico do Corinthians. Se fosse outro departamento, o do Santos, por exemplo, não liberaria. Porque o Santos não tem estrutura”, exemplifica.

No boletim que concederia à imprensa naquele mesmo dia, Schmidt falava em “alterações mínimas” ao abordar a condição médica do novo reforço do Parque São Jorge. Segundo ele, o termo não condizia totalmente com a realidade, mas se fazia necessário naquele momento para evitar maiores desdobramentos em torno da contestada situação médica de Pato.

“Se a fibrose identificada na biópsia fosse muito grave, eu não teria liberado. Não era tão mínima assim. Falei ‘mínima’ para não chocar, mas ele foi afetado no Milan”, explicou.

Admirador confesso do trabalho do preparador físico Fabio Mahseredjian, Beny Schmidt chegou a se encontrar ao lado do diretor de pesquisa científica do laboratório RDO R&D, Roberto Araújo, responsável pelo perfil genético de Alexandre Pato, não só com o preparador, mas também com outros profissionais alvinegros como Joaquim Grava, consultor médico, Bruno Mazziotti, fisioterapeuta, e Cleber Costa de Souza, enfermeiro.

“O Fabio foi um dos que veio no consultório discutir os resultados e explicamos a situação, todo esse relatório genético. Agora eles estão aplicando as informações nesse sentido”, conta Schmidt. “O departamento médico do Corinthians é o melhor do País. Acho que o clube tem um ponto a mais em relação a outras equipes”, prossegue.

DIRETORIA TORCE POR OFERTA ÁRABE POR EMERSON, DIZ JORNALISTA DO DIÁRIO DE SÃO PAULO

Diretoria torce por oferta árabe por Emerson    Agente do jogador fala em oferta do Oriente Médio por Emerson Sheik
Emerson é uma bomba difícil de ser desarmada no Corinthians. Em campo, o atacante costuma se doar muito e foi o herói da Libertadores. Fora dele, porém... Com problemas disciplinares, o Sheik começa a perder moral no clube e a diretoria não descartaria uma ajuda do Oriente Médio para impedir que essa bomba exploda.
As questões extracampo do atleta começam a passar dos limites. Como se não bastassem os aborrecimentos com a Justiça, que já o fizeram perder foco no trabalho, há os constantes atrasos nos treinos e as lesões não menos frequentes.
No Oriente Médio, ele é rei — não à toa, recebeu o apelido de Sheik quando retornou ao futebol brasileiro. Além disso, tem cidadania catariana e é adorado pelos xeques do país. Assim, uma nova proposta tentadora vinda de lá resolveria todos os problemas: o jogador ganharia muita grana e seria titular absoluto em qualquer equipe do Catar e o Timão, apesar de perder uma boa peça, ficaria livre das dores de cabeça com Emerson.
“O mundo árabe certamente virá atrás dele em maio e junho. Tenho certeza de que aparecerá coisa boa, como já aconteceu em dezembro”, disse o agente do atacante, Reinaldo Pitta.
No fim de 2012, o Sheik recusou uma proposta do Al-Sadd na qual embolsaria, só de salário, R$ 3 milhões por mês. Na época, titular absoluto, ele desejava disputar o Mundial de Clubes e ficar mais perto do filho. Agora, esquentando o banco, uma oferta semelhante poderá ser vista com outros olhos.
Sem loucuras/ O Corinthians não tem cometido loucuras para segurar gente que já brilhou no clube, mas entrou em declínio. Liedson, destaque do Brasileirão 2011, é o maior exemplo disso. Como o atacante caiu de produção no ano seguinte, o Timão não fez esforço algum para renovar seu contrato.
A diretoria sempre analisa os prós e contras — e marcar dois gols na final da Libertadores está pesando menos do que os 34 anos de idade do Sheik, as lesões e, principalmente, os problemas dele fora de campo.
Entrevista 
Reinaldo Pitta_ Agente de Emerson
‘O Emerson está triste por problemas extracampo’
DIÁRIO_ Durante o jogo contra o Millonarios, quando ficou no banco, Emerson expressou para os fotógrados sua insatisfação. Como você vê isso?
REINALDO PITTA_
 Não fiquei sabendo disso. Inclusive, falei com ele no dia seguinte  e o senti  seguro de que vai virar titular.
Ele não se mostrou irritado?O Emerson está triste por problemas extracampo. Estão dizendo que ele vai ser preso, mas a verdade é bem diferente: o Ministério Público pediu sua condenação (por ter comprado dois carros contrabandeados). Entre pedir a condenação e ser preso há distância gigante.
O Emerson tem alguma proposta no momento?Agora, agora, não. Até porque os mercados estão todos fechados no exterior e ele está focado na Libertadores.
Você acha que deixar o clube seria bom para ele?Precisamos ver daqui a uns três meses, para saber como vai estar a situação dele no Corinthians. Clube interessado nele certamente haverá.
Concorda com a multa pelos atrasos aplicada pelo Timão?Se ele errou, tem de aceitar a multa. Faz parte do futebol.
Diretoria do clube se irrita com comportamento de ‘juvenil’Diretoria e comissão técnica fazem de tudo para evitar crises no elenco. Não à toa, apesar de jogadores consagrados ficarem no banco de reservas, não se teve notícia de um grande problema no grupo. Justamente por esse motivo, o comportamento de Emerson vem incomodando.
Dirigentes já se cansaram de dar puxões de orelha no atacante e, aparentemente, multá-lo não tem surtido o efeito esperado.
“O Emerson, às vezes, tem comportamento de juvenil. Você fala uma vez, duas e os problemas voltam a acontecer”, disse um membro da diretoria corintiana que pediu para não ser identificado. “Não dá para reclamar de nada quando ele está aqui. Sempre se doa e se dedica. Mas as atitudes que toma fora de campo acabam irritando”, emendou.
Fonte: Diário de SP

Após ação popular, Justiça suspende pagamento da Caixa ao Corinthians


camisa corinthians caixa (Foto: Daniel Augusto Jr./ Agência Corinthians)Danilo, Romarinho e Zizao, no lançamento da
camisa do Timão com o logotipo da Caixa
(Foto: Daniel Augusto Jr./ Agência Corinthians)
Baseado numa ação popular, o Juiz Altair Antonio Gregório, da 6ª Vara do Tribunal Regional Federal do Rio Grande do Sul, determinou, por meio de uma liminar, a suspensão do pagamento do patrocínio da Caixa Econômica Federal ao Corinthians.
A ação popular foi ajuizada pelo advogado gaúcho Antônio Beiriz, com a alegação de que o pagamento seria lesivo ao patrimônio público da União. Segundo Beiriz, a Caixa, como empresa pública vinculada ao Ministério da Fazenda, estaria gastando com publicidade inócua e destituída de caráter informativo, em desacordo com o art. 37 da Constituição Federal.
Caixa e Corinthians dizem que ainda não foram notificados. Segundo Beiriz, eles podem recorrer ao TRF. Coincidentemente, representantes do banco e do clube fizeram uma reunião nesta quinta-feira, em São Paulo, mas, segundo dirigentes do Timão, a liminar não foi discutida.
- Estampar o nome da Caixa na camisa de um time não representa nada para o banco. A Caixa não passa a ser conhecida por isso. Ela já é conhecida. Nesse caso do patrocínio, quem ganha é só a instituição privada que visa ao lucro, no caso o Corinthians - disse Beiriz, em entrevista à Rádio Globo. - É um caso para que órgãos públicos, como Caixa e Petrobras, revejam sua estratégia de patrocinar uma instituição privada. A pulicidade feita na mídia é legítima, a Caixa precisa fazer com que as pessoas conheçam seus produtos, mas patrocinar um clube de futebol não dá retorno nenhum. É apenas um ônus ao Tesouro.
Estampar o nome da Caixa na camisa de um time não representa nada para o banco"
Antonio Beiriz, advogado
Beiriz disse que o patrocínio da Caixa ao Corinthians não atende aos preceitos constitucionais que orientam a publicidade de programas e serviços dos órgãos públicos, com caráter educativo, informativo ou de orientação social. O advogado afirmou também que o patrocínio lesa o interesse coletivo do torcedor brasileiro, por, no entender dele, "promover o sensível desequilíbrio econômico entre as agremiações nacionais do futebol profissional" - o valor pago pela Caixa ao Corinthians estaria na casa dos R$ 30 milhões anuais, entre os maiores do Brasil.
Beiriz contou que não sabia que a Caixa patrocinava outros clubes, como Atlético-PR, Figueirense e Avaí, mas disse que pretende cobrar explicações desses times também. Ainda segundo o advogado, foi estipulado uma multa de R$ 150 mil por dia à Caixa, caso o banco não cumpra essa liminar e continue fazendo pagamentos ao Timão.
- O Corinthians pode usar a marca da Caixa no domingo (em jogo contra o Santos, válido pelo Campeonato Paulista). O uso do logotipo não é contestado. O contestado é o pagamento de um banco estatal a um clube de futebol - explicou Beiriz.
O advogado, que é gremista, afirmou que tomaria o mesmo tipo de atitude caso a Caixa resolvesse patrocinar seu time do coração. Lembrado pelo repórter da Rádio Globo de que o Grêmio ostenta a marca do Banrisul, Beiriz contestou.
- Mas o Banrisul é uma sociedade anônima, apesar de ter uma parte do Estado do Rio Grande do Sul, sim.